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Memórias do Cinema: “O cinema sempre me deu a sensação de acolhimento”, diz Lázaro Ramos

Memórias do Cinema: “O cinema sempre me deu a sensação de acolhimento”, diz Lázaro Ramos

26 de Outubro de 2018
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Com bom humor, diante da plateia lotada, o ator e diretor Lázaro Ramos deu o seu depoimento ao projeto Memórias do Cinema no último sábado (20), como parte da programação da 42ª Mostra. “Deveria começar falando de algo meio sabido, citando o Bergman?”, brincou ele. “Pois vou fazer o contrário disso, já que o início da minha relação com cinema foi a televisão, foram os filmes da Sessão da Tarde.”

Em uma sala no Instituto Moreira Salles, na avenida Paulista, o público ouviu atento enquanto Lázaro narrava seus primeiros contatos com a produção cinematográfica, desde a infância em Salvador até a estreia diante das câmeras. Nesta edição da Mostra, Lázaro apresenta seu primeiro longa como diretor. Trata-se do título Bando, um Filme de:, documentário sobre o Bando de Teatro Olodum, grupo no qual ele deu seus primeiro passos para se tornar um ator profissional. Não é de hoje , porém, que Lázaro acompanha a Mostra. “Foi aqui que ganhei meu primeiro prêmio [Especial do Júri, na 26ª Mostra] e em 2015 vim com Tudo que Aprendemos Juntos, em uma exibição em Heliópolis, local em que a gente filmou.”

Veja a seguir alguns trechos do depoimento de Lázaro Ramos, que comentou sobre sua trajetória como ator e diretor, o cenário nacional e o cinema negro no Brasil.

INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
“O começo da minha relação com cinema foi a televisão, com filmes de Sessão da Tarde. Eu era um rapaz de família humilde de Salvador que não tinha acesso a salas de cinema. É muito curioso porque hoje eu trabalho com cultura, mas eu consumi muito pouca cultura na minha vida que não fosse a televisiva. Eu não tive acesso a teatro, por exemplo.”

“A sensação que eu tive na primeira vez em uma sala de cinema foi de acolhimento. Com muito pouco dinheiro, eu saía da escola, ia para aquele lugar enorme, com aquela tela enorme, escolhia algum filme, não comia pipoca e assistia a três sessões. Eu lembro de chegar no cinema, ficar sentadinho e as pessoas iam saindo e entrando e eu vendo a mesma história, três vezes. É uma experiência muito diferente essa de você escutar a mesma narrativa mais de uma vez no mesmo dia. Acho que isso ditou, de alguma forma, o ritmo da minha vida.”

“Claro que é legal assistir a um filme em casa, eu adoro. Assisto no celular agora, quando estou no avião. Mas uma tela de cinema grande dá outra sensação, te invade como se fosse furacão.”

“Quando eu fui chamado para o meu primeiro filme, que não é Cinderela Baiana (1998) como a maioria das pessoas acha, mas sim Jenipapo (1995), cheguei a um set e encontrei uma atriz que eu sabia que conhecia de algum lugar. Ela estava chupando um picolé de limão e eu cheguei perto dela e falei ‘dá uma chupadinha?’. Era a Marília Pêra (risos). Ela falou assim ‘o que é isso, seu nojento? Eu pago um para você’. E eu ainda brinquei assim: ‘eu quero o seu’. Eu tinha 15 anos de idade e não sabia as regras, eu não sabia o que eram aqueles equipamentos, eu não sabia a função daquelas pessoas, eu não tinha cena.”

PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS NO CINEMA
“Meu segundo filme foi Cinderela Baiana e eu fiz muito por dinheiro, pelo sustento. É um filme que permitiu, inclusive, que eu permanecesse na profissão. Até aquela época eu trabalhava em hospital público, como técnico de patologia, fazia exame de sangue, fezes e urina. Eu ganhava um salário mínimo. O filme começou a atrasar e quando terminou eu recebi uma multa equivalente a 28 salários mínimos. Eu pensei: tenho 28 meses para dar errado. Coloquei todo o dinheiro na poupança e pedi demissão.”

“Eu achava que seria um ator de teatro, mesmo porque eu sempre perdia em todos os testes de cinema. Aconteceu de que no ano de 2000, eu fiz teste para sete filmes e, não sei como, passei nos sete. Entre eles: O Homem que Copiava (2003), Madame Satã (2002), Carandiru (2003) e Cidade de Deus (2002).”

“Esses filmes, de alguma forma, se conectam. Estavam buscando falar de um outro tipo de brasileiro, fazer um outro cinema, afetuoso, sobre o brasileiro não-oficial. E aí o cinema me acolheu mais uma vez, por causa desse olhar, por causa da narrativa escolhida.”

“Por conta do cinema, eu viajei o mundo. Com Madame Satã eu fui para países que nunca pensei em conhecer. Karim Aïnouz, Sérgio Machado e Jorge Furtado foram diretores que, ao trabalhar comigo, me presentearam com vários filmes. O Karim, no primeiro dia que a gente se encontrou, me deu sete filmes sobre a temática gay em formatos diferentes e falou ‘assista’. Jorge Furtado trazia, a cada dia no set de filmagem, um filme diferente ou um livro. E Sérgio Machado também. Três queridos amigos que eu trouxe para a vida e que, generosamente, me ofereceram todo o conhecimento de cinema que tinham.”

CINEMA NEGRO
“Na hora de escolher as biografias, quais são as biografias que a gente escolhe? E na hora de fazer as representações como é que a gente faz essas representações no cinema? Famílias desestruturadas, arma na mão como se aquilo pertencesse a ele ou fosse o seu destino final. Personagens que são somente orelha e que não têm uma vida própria. Personagens que são excluídos socialmente, mas sem história. Eu não acho que é um problema contar a história de personagens excluídos socialmente, mas sim negar a esses personagens uma história. No nosso país a gente tem tido alguns avanços, mas ainda assim ficamos mais confortável quando é um elenco negro gringo do que quando é um elenco negro brasileiro. A gente curte mais o Will Smith (risos). Eu também gosto, mas é algo a se pensar.”

CINEMA NO BRASIL
“Precisamos pensar em outras maneiras de atrair o público. Precisamos estar sempre atentos porque você está sempre falando para alguém. Não consigo falar só para mim.”

“Cada vez que um filme brasileiro é exibido em tevê aberta, os índices de audiência sobem de uma maneira que sempre é comemorada, mesmo em horários esquisitos como a madrugada. Isso quer dizer alguma coisa. São histórias que estão atraindo espectadores, que gostam e se identificam. Acho que o raciocínio tem que ser: o filme encontrar com o máximo possível de pessoas. E cada filme tem o seu público. Temos que encontrar a maneira de fazer com que essas pessoas saibam que esse filme existe.”

“Não sei se o cinema está importando muito para aqueles que ajudam a viabilizá-lo. Estamos em uma fase em que o risco não é só de fazer o filme chegar ao seu público, mas sim a gente conseguir fazer o filme. É uma pena porque tem tanta gente interessante surgindo, tanta história bacana.”

Renata Helena Rodrigues

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